Oclusão Percutânea de Forame Oval Patente (FOP)

O que é a Oclusão Percutânea de Forame Oval Patente (FOP)​?

Procedimento minimamente invasivo para oclusão de forame oval patente (FOP). O forame oval é uma estrutura fundamental na vida intrauterina, permitindo a passagem de sangue do lado direito para o lado esquerdo do coração durante a gestação. Esse é o fluxo normal do sangue durante essa fase de desenvolvimento. Após o nascimento e a expansão dos pulmões o forame oval deixa de ser necessário para a circulação fisiológica.

Até os dois anos de idade o forame oval fechará sozinho em aproximadamente 75% das crianças. Isso significa que até 25% das pessoas terão seu forame oval patente, ou pérvio, durante a juventude e vida adulta.
Existem indicações precisas para o fechamento do FOP.

A mais comum é a prevenção secundária de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVCi) relacionados à passagem de êmbolos, ou coágulos, do lado direito para o lado esquerdo do coração. A indicação de oclusão do forame oval patente deve ser cuidadosamente discutida com o seu cardiologista.

Nosso grupo tem uma grande experiência com a oclusão do forame oval patente, realizando esse procedimento há mais de 2 décadas.

Como é realizado?

Deve ser realizado em ambiente hospitalar e sob anestesia geral. Durante a anestesia é realizado o ecocardiograma transesofágico, em que o ecocardiografista insere cuidadosamente uma sonda através da boca e a posiciona no esôfago do paciente. O ecocardiograma transesofágico permite uma melhor visualização do forame oval patente.

Na maioria dos casos o procedimento é realizado através de punção da veia femoral direita. Cruza-se o FOP com um guia e um cateter. Com base nas características anatômicas do defeito, é escolhida a prótese para fechamento do FOP. A prótese oclusora é feita de uma liga metálica especial e desenhada para permitir que ela seja entregue ao seu destino através dos cateteres. Ela é formada por dois discos (direito e esquerdo) e uma cintura central. A prótese é levada até o átrio direito com auxílio de um cateter especial e o disco direito da prótese é aberto.

A prótese é trazida de encontro ao septo interatrial (membrana que separa os átrios do coração) e o disco esquerdo é aberto no átrio esquerdo. Após o ecocardiograma transesofágico confirmar o posicionamento da prótese, ela é liberada de seu cabo.

O ecocardiografista tem um papel importante durante o procedimento, confirmando a patência do forame oval e guiando o implante da prótese.
Ao final do procedimento o paciente é extubado na sala do exame e fica internado até o dia seguinte. Antes de receber alta, é realizado um ecocardiograma transtorácico para confirmar que a prótese está bem posicionada.
Nesse procedimento não é necessário o uso de contraste, minimizando o risco para os pacientes com insuficiência renal.

Como será a rotina de quem fará este exame?

O paciente deverá estar em jejum conforme previamente combinado. Após sua admissão no hospital será encaminhado ao setor de hemodinâmica. Em seguida, passará por uma triagem inicial para checagem de exames, esclarecimentos quanto ao procedimento e preparo inicial.

Posteriormente será encaminhado à sala de hemodinâmica, onde será submetido à anestesia e oclusão do forame oval patente. Ao término do procedimento, será encaminhado à sala de recuperação onde permanecerá até o momento de ir para o quarto. Receberá orientações sobre os cuidados pós-procedimento e esclarecimentos sobre o que foi feito.

No dia seguinte é realizado o ecocardiograma transtorácico para confirmar a posição da prótese.
Após, o paciente recebe alta hospitalar com as orientações e pedidos de exames para o acompanhamento no consultório.

Quem compõe a equipe que fará o exame?

Além de todos os profissionais envolvidos no atendimento inicial e admissão, na sala de hemodinâmica estarão presentes os técnicos de enfermagem, a enfermeira responsável pelo setor, os médicos cardiologistas intervencionistas e o médico anestesista.

Quais os riscos do procedimento?

A oclusão percutânea do forame oval patente é um procedimento seguro, com uma taxa de complicações extremamente baixa.
A ocorrência de complicações está principalmente relacionada à possibilidade de deslocamento da prótese ou formação de coágulos sobre a prótese.

Outras complicações possíveis estão relacionadas ao local de punção da veia femoral e à ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. Todas essas complicações são raras e na maioria das vezes podem ser identificadas dentro do período em que o paciente ainda está no hospital.

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